Gostei muito de estar convosco na Feira do Livro do concelho de Benavente, que decorreu entre 27 de Novembro e 11 de Dezembro, e no Centro Escolar de Benavente a falar da minha história "O Pai Natal Existe" .
A história retrata uma experiência que eu tive numa certa noite de Natal quando era da vossa idade.
Gostei do vosso interesse pelo pequeno livrinho. Da vossa admiração por a minha árvore de Natal apenas ser enfeitada com bocadinhos de algodão e do meu presépio ter figuras feitas por mim, moldadas em barro, que eu ía buscar ao campo.
Conseguiram recompensar-me com as vossas perguntas e comentários
Até levei adereços para perceberem melhor como eram os meus natais. Só havia o candeeiro a petróleo para dar luz? Então não havia computadores, nem televisão! Não havia electricidade?! Coisa espantosa!
- Não tinhas luzinhas na árvore de Natal...?
- Como é que brincavas...?
Aqui ficaram admirados. Como era possível fritar "velhozes" naquela "coisa", que se chama "fogareiro a petróleo"! Todos soltaram "Ahs!" de admiração. O quê? Não havia fogões a gás! Nem aquecedores? Nem frigoríficos? Como é que pode ser?!
- Assim, os velhozes levavam muito tempo a fritar...
- A comida não se estragava...?
Pôr a massa dos "velhozes" debaixo dos cobertores, na cama!?
- A minha mãe bate com a batedeira eléctrica e frita logo...
- A minha mãe compra na pastelaria...
A atenção era constante. Numa turma pedi para fecharem os olhos e imaginarem o meu Natal com a lareira acesa, o candeeiro a petróleo a formar claridade doirada nas paredes, a minha avó a fritar os velhozes no fogareiro, a árvore cheia de "neve" de algodão e o presépio iluminado por velas... e perguntei-lhes:
- Estão a imaginar? Estão a ver?
De olhos fechados e sorrisos nos rostos, disseram que sim, acenando com a cabeça.
- Vejam como os meus natais eram mágicos...
Um grande xi-coração
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