Na Rua do Pinheiro

quinta-feira, 23 de junho de 2011

As Árvores da Minha Rua

Quero que pensem um pouco neste poema e nas fotos que o acompanham. Podem clicar nas fotos para as ampliarem

As árvores da minha rua
Gritam
Quando a serra as transforma
Em corpo amputado;
Quando as deixa sem vida,
E sem sombras de afago

As árvores da minha rua
Gritam
Quando alguém sem carinho
Golpeia os seus ramos
E num repelão
Os atira ao pó do caminho

As árvores da minha rua
Já não podem gritar
Já não oram ao céu.
E naquela praceta
O trinado dos melros
Emudeceu.

                                            Eugénia Edviges







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