As Tropelias do Malaquias
Havia grande
alarido
Na cozinha
do Vicente
Pois é bem
certo e sabido
Que esse dia
festivo
Ia alegrar
muita gente.
Fazia anos o
Zeca
E convidou
os amigos
A mesa
estava completa
De
guloseimas repleta
Com olhinhos
nelas fitos.
Tudo era uma
surpresa.
Mas disse o
Rui admirado
Com um
gritinho abafado:
- O bolo não
está na mesa!
Ouve-se
então na cozinha
Uma grande
confusão
Logo a
Quicas, a Tininha,
O Manel e a
Ritinha
Espreitaram
com atenção.
Na cortina
da janela
Pendurado
estava o gato
E no chão
uma panela
Que o Zeca
nem deu por ela
Metendo
dentro o sapato.
Com espanto,
o Malaquias,
Esse gato
aventureiro,
Aterrou sem
demasia
E em grande acrobacia,
Na tola do
cozinheiro.
Este,
vendo-se agarrado
Assim, por
um furacão
Com o
barrete de lado
E o nariz
maltratado
Largou o bolo no chão.
E depois
escorregou
No creme que
o bolo tinha
E sem querer
agarrou
(que logo se
desmanchou)
Pobre do
nosso Vicente
Sem ter
feito nenhum mal…
Com o bigode
tremente
E sem bolo,
de repente
Ficou branco
como a cal.
Que fazer?
Pensou o Zeca.
A festa nem
começara…
Vão-se
embora, pela certa
Estão todos
de boca aberta
Com o que
ali se passara.
O Rui gritou
de repente:
- Vamos nós
o bolo preparar!
Com a ajuda
do Vicente
E o apoio de
toda a gente
Teremos bolo
para festejar!
Que bolo tão partilhado!
Nunca se viu
festa igual!
O Vicente
estava enlevado,
Contente por
ter fechado
O Malaquias
no quintal!
Eugénia Edviges
Um grande xi-
Sem comentários:
Enviar um comentário