- Caneta, mas o que é isso?
Que estás a escrever?
Não estou a compreender…
Ou será algum feitiço?
- Alguém me guia, decerto.
Não sei quem é, nem porquê
Mas cá para mim já se vê
Tudo o que escrevo, está certo.
Aponto as belezas da vida
De tudo o que ela contém
Falo do mal e do bem
Da pobreza e da fadiga.
Falo do mundo silvestre
Do sol no alto a brilhar
Do céu, do vento, do mar,
De tudo o que é campestre.
Escrevo o riso da criança
Os sonhos da juventude
A maldade e a virtude
A tempestade e a bonança.
Mas também fica ciente
Não sou deusa, menos fada!
Tenho apenas uma carga,
Sou de plástico transparente.
- Mas, mesmo assim, pois então!
És um génio criador.
Mereces todo o louvor
E a minha admiração.
E essa mão que te aperta
Que te guia e reconhece
Estou em crer que ela obedece
À vontade de um Poeta!
Eugénia Edviges
Um grande xi-coração
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