Na Rua do Pinheiro

terça-feira, 13 de março de 2012

Qualquer Coisa Insignificante


- Caneta, mas o que é isso?
Que estás a escrever?
Não estou a compreender…
Ou será algum feitiço?

- Alguém me guia, decerto.
Não sei quem é, nem porquê
Mas cá para mim já se vê
Tudo o que escrevo, está certo.

Aponto as belezas da vida
De tudo o que ela contém
Falo do mal e do bem
Da pobreza e da fadiga.

Falo do mundo silvestre
Do sol no alto a brilhar
Do céu, do vento, do mar,
De tudo o que é campestre.

Escrevo o riso da criança
Os sonhos da juventude
A maldade e a virtude
A tempestade e a bonança.

Mas também fica ciente
Não sou deusa, menos fada!
Tenho apenas uma carga,
Sou de plástico transparente.

- Mas, mesmo assim, pois então!
És um génio criador.
Mereces todo o louvor
E a minha admiração.

E essa mão que te aperta
Que te guia e reconhece
Estou em crer que ela obedece
À vontade de um Poeta!    
                                         
Eugénia Edviges
                                              

                 Um grande xi-coração       

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