Na Rua do Pinheiro

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Literatura dos Melhores Escritores do Mundo (Cont.) Perigo na Praia

Capítulo escrito e ilustrado pela turma do professor Óscar
Perigo na Praia


A sereia Pérola, depois da última aventura com o seu amiguinho Rubi, sentia-se muito triste, porque estava sozinha sem ter ninguém para brincar nem tinha novos amigos. Chamou o Rubi e perguntou-lhe:
- Rubi, queres ir comigo conhecer novos amigos?
- Lembras-te do que aconteceu na última vez que fomos à descoberta? Íamos sendo comidos pelos tubarões!
- Mas Rubi! Eu quero conhecer as crianças que costumam estar na praia a tomar banho!
- Como podes brincar com elas? Não podes sair da água, porque as crianças, se te virem, fogem de ti.
Pérola tanto insistiu que o Rubi concordou com ela e lá partiram os dois em direcção à praia. Nadaram alguns quilómetros e estranharam não avistarem a costa. Já estavam a ficar assustados com receio de se perderem.
- Pérola, temos de pedir ajuda! Eu vou soltar o meu grito de ajuda. E o Rubi começou a soltar o seu som tão conhecido. O som era tão forte que uma baleia azul que andava perto a passear a sua cria, o ouviu. A baleia seguiu aquele som e foi dar com os amiguinhos, que estavam aflitos.
- Subam para o meu dorso. Eu vou levá-los até à costa. E assim foi. Pérola e Rubi seguiram até à praia em cima da baleia azul.
Dentro de água havia muitas crianças a brincar. Pérola aproximou-se e pediu às crianças para brincar com elas. Durante algum tempo Pérola ficou muito feliz! Finalmente tinha crianças para brincar. Mas as crianças começaram a estranhar Pérola não ir para a areia da praia fazer castelos de areia. E perguntaram-lhe:
- Queres vir para a praia brincar connosco?
Ela respondeu:
- Não posso…Não posso sair da água…
Foi então que uma das crianças mergulhou e ficou assustada porque lhe pareceu que aquela menina tinha uma cauda em vez de pernas! Pérola como viu que as crianças já tinham visto a cauda pensou no que poderia fazer. Finalmente, surgiu uma grande onda com muita espuma que a escondeu, arrastando-a para trás de uma rocha. O golfinho que tinha ficado à espera da sereia, reparou no que se estava a passar na praia e ficou aflito pela sua amiguinha.
- Que hei-de fazer? – pensou ele.
No sítio onde está Pérola não poderá sair sem que as crianças a vejam. Se isso acontecer Pérola nunca mais terá a sua vida no mar. Toda a gente quererá estudar o corpo dela, fechá-la num aquário gigante para lhe fazerem testes e possivelmente morrerá.
Rubi teve então uma grande ideia, ideia essa que pôs em acção: chamou novamente a baleia azul e pediu-lhe para o ajudar naquele problema. O que fizeram foi o seguinte: a alguns metros da praia tanto o Rubi como a baleia azul começaram a fazer coisas engraçadas: saltaram, faziam acrobacias, a baleia esguichava água e o golfinho soltava os seus guinchos característicos.
Todas as pessoas que estavam na praia aproximaram-se da água e ficaram espantadas a ver o que os animais faziam. E foi nessa altura que Pérola, aproveitando a distracção de toda a gente, conseguiu escapar dos olhares das pessoas.
Voltaram felizes para casa. A baleia azul deu-lhes novamente boleia. Lá seguiram em cima da nova amiguinha com a cria nadando ao seu lado.
“Como é bom voltar a casa!” - pensou a sereiazinha.
Logo que chegaram, o peixe palhaço, o peixe-gato e o cavalo-marinho que eram seus vizinhos, vieram dizer-lhes que estavam contentes por terem voltado sem nenhum problema.
- Que isto te sirva de lição! – disse o Rubi.
- Vamos ver…! Logo se verá!

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