Na Rua do Pinheiro

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Literatura dos Melhores Escritores do Mundo (Cont.) O Monstro do Barco Pirata

Capítulo escrito e ilustrado pela turma da professora Paula (o I capítulo foi postado em 23.08.2010)


O MONSTRO DO BARCO PIRATA

Pérola e Rubi estavam sentados numa rocha à frente da sua casa feita de algas e de flores marinhas.
A sereiazinha estava triste, porque há muito tempo que não tinha uma aventura.
Rubi, como pressentia que a sua amiguinha estava com uma nova ideia, disse-lhe:
- Pérola, não estejas a pensar em sarilhos. Sabes bem que quando entramos numa aventura, temos sempre problemas.
- Mas há tanto tempo que não saímos daqui. Rubi, até pensei que em vez de irmos para a superfície, podíamos ir até às profundezas do mar.
O Rubi pensou no assunto e concluiu que tinha de a acompanhar para a ajudar no que fosse preciso.
Assim foi. Partiram, depois de fecharem as portas de casa e de cerrarem as cortinas das janelas, porque os peixinhos do mar poderiam ocupar a sua casa e quando voltassem teriam cardumes espalhados por todo o lado.
Desceram até muito fundo e começaram a notar que deixava de haver peixinhos de todas as cores, assim como plantas marinhas que há à superfície. Começaram a ficar assustados, porque cada vez estava mais escuro.
Rubi disse:
- Pérola, vamos embora!
- Nem pensar! Conseguimos chegar aqui e não vamos desistir. Quem sabe se descobrimos algum tesouro?
Desceram um pouco mais e o que viram deixou-os espantados e curiosos. À sua frente estava um navio pirata que se tinha afundado. Era grande, muito grande, estava quase todo destruído, a bandeira preta dos piratas estava toda rota, mas ainda se notava a caveira pintada na mesma.
Por um momento, ficaram sem saber o que fazer. Rubi disse:
- Vamos embora, que ali pode haver fantasmas.
- Não sejas tontinho! Pode é haver um tesouro.
E começou a andar em direcção ao navio. Lá dentro estava muito escuro, que metia medo. Havia algas por todo o lado agarradas à madeira do navio. Dentro duma arca, encontraram um mapa e duas espadas.
- Vamos tentar interpretar o mapa para sabermos onde está o tesouro.
Quando estavam debruçados sobre o mapa, sentiram qualquer coisa que estava atrás deles. Viraram-se e o que viram encheu-os de terror. Era um monstro marinho, parecido com um peixe balão, com uma luz intensa num unicórnio que tinha na cabeça. A cauda era tão comprida que dava várias voltas.
onvés do navio, levando as espadas consigo.
O monstro aproximou-se, ameaçador. Pérola empunhou a espada frente a ele, o monstro conseguiu esquivar-se, mas mesmo assim tentou falar com Pérola e Rubi.
- Esperem. Eu não quero fazer-vos mal. Deixem-me falar convosco. Eu sou o monstro Bizarro.
Pérola e Rubi ficaram de boca aberta. O quê!? Um monstro a falar!!
Então, o monstro aproximou-se e explicou:
- Sabem, quando este navio se afundou, eu estava perto e vi tudo. Pensei logo que finalmente tinha uma casa para viver. Até falei com o capitão do navio e prometi-lhe ser o guardião do navio e do tesouro. Assim, a minha vida mudou, pois a partir daí, fiquei com uma promessa que tenho de cumprir.
Pérola pensou que, realmente seria muito triste se ela vivesse isolada nas profundezas do mar, sem companhia e saber que lhe poderiam tirar a sua casa. E disse:
- Está bem. Deves ter essa ocupação para não te sentires inútil. Nós não levaremos o tesouro, porque é teu, mas ficamos teus amigos e prometemos-te que viremos visitar-te e brincar contigo.
O monstro pegou numa espada e, dando-a a Pérola, disse:
- Esta espada é vossa. Será uma lembrança desta vossa aventura.
Pérola e Rubi voltaram para casa. Estavam cansados, mas felizes. Iriam pendurar aquela espada na parede da sala. A espada era muito afiada e cravejada de rubis que brilhavam.
Chamaram os seus vizinhos peixinhos para lhes contarem o que tinham passado. Todos ouviram com atenção. Era uma história linda e a espada ficava muito bem pendurada na sala.
Diz um peixe palhaço:
- Estás sempre a meter-te em sarilhos, mas acaba sempre tudo bem, com um final feliz. Mereces que te façam uma festa!


Um grande XI - coração!



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